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Mashrabiya (Bélgica Israel Portugal) | Noite Cheia #3

Mashrabiya

© Emilie Sornasse

Noite Cheia
Full Night

Concerto
Concert

24.11.2023
20h00-23h00 #3

Mashrabiya

Bélgica Israel Portugal
Belgium Israel Portugal


IDANHA-A-NOVA
CENTRO CULTURAL RAIANO


NOITE CHEIA FULL NIGHT

#1 Exposição Exhibition: Guardados 001
#2 Projecto Project: Na matéria do diálogo
#3 Concerto Concert: Mashrabyia
#4 Gastronomia Gastronomy: Tertúlia com sopa Social gathering with soup
#5 Cinema Film: DocLisboa: Extensão Fora do Lugar DocLisboa: Fora do Lugar Extension


Meira Segal gaita de foles bagpipe, ney
Tristan Driessens oud, lavta
Baltazar Molina percussão percussion


Rituais de uma aldeia desconhecida
Rituals from an unknown village

“Algo abre as nossas asas. Algo faz o tédio e a dor desaparecer. Alguém enche o copo à nossa frente. Provamos apenas sacralidade”
“Something opens our wings. Something makes boredom and hurt disappear. Someone fills the cup in front of us. We taste only sacredness”
-Rumi

1. Sohbet, Meira Segal
2. Nour, Tristan Driessens
3. Ria, Miriam Encinas
4. Sacred Lives, Tristan Driessens
5. Waha, Meira Segal
6. Larissa, Tristan Driessens
7. Vaidushka, Meira Segal

Todos os arranjos por All arrangements by: Mashrabiya


Sinopse
Mashrabiya apresenta uma série de composições instrumentais originais que reflectem o idioma da música modal contemporânea. Inclui elementos da cultura musical tradicional persa, indiana, árabe e otomana, que constituem a principal fonte de inspiração.

Synopsis
Mashrabiya presents a series of original instrumental compositions which reflect the contemporary modal music idiom. Elements from traditional Persian, Indian, Arabic, and Ottoman musical culture are included and provide the main source of inspiration.


Notas ao programa
A música modal contemporânea é uma música modal composta perto da actualidade. Os compositores deste género inspiram-se em tradições musicais aproximadas oriundas de uma área que se estende do Magrebe, no norte da África, até a região dos uigures, na China Ocidental, passando pelo Médio Oriente, o Cáucaso, a Ásia Central e o Sul da Ásia, e estendendo-se até à Península dos Balcãs e à Península Ibérica, no sul da Europa.
Os principais sistemas modais nesta vasta área incluem o Makam turco, o Echos bizantino, o Maqām árabe, o Muğam azeri, o Dastgāh persa, o Maqâm turquemeno, o Maqôm uzbeque e tajique, o Raga indiano e o Muqam uigur. Os repertórios, estilos e instrumentos musicais associados são geralmente considerados componentes exclusivos do património e identidades culturais em suas respectivas regiões de origem. O termo “música modal contemporânea” foi cunhado como um género cosmopolita por Ross Daly. Permite que os praticantes façam uso de elementos tradicionais sem apropriação ou transgressão.
Um modo é uma combinação específica de notas (“material tonal”) e certos “comportamentos” melódicos, incluindo diferentes combinações do centro de gravidade tonal (i.e., uma preferência pelo registo baixo, médio ou alto), o caminho melódico geral (i.e., a maneira como a melodia se move através dos registos, onde se demora e a forma como chega a uma conclusão), modulações (i.e., variações tonais), entoação e fraseado e embelezamento típicos. A música modal baseia-se na melodia e no fraseado e, ao contrário da maioria da música ocidental, não usa harmonia. Embora haja uma extensa literatura sobre o assunto, a melhor maneira de entender a música modal é abordá-la através do repertório. Deixemos a música falar por si mesma – ela dirá tudo o que precisamos de saber!

Programme notes 
Contemporary modal music is modal music composed close to the present day. Composers in the genre draw from related music traditions that occur in an area that stretches from the Maghreb in Northern Africa to the Uygur region in Western China, via the Middle East, the Caucasus, Central Asia and South Asia, and which extends into the Balkan and Iberian peninsulas in Southern Europe.
The main modal systems in this vast area include Turkish Makam, Byzantine Echos, Arabic Maqām, Azeri Muğam, Persian Dastgāh, Turkmen Maqâm, the Uzbek and Tadjik Maqôm, the Indian Raga, and Uyghur Muqam. The associated repertoires, styles, and musical instruments are generally considered to be exclusive components of the cultural heritage and identities in their respective regions of origin. The term “contemporary modal music” was coined as a cosmopolitan genre by Ross Daly. It allows practitioners to make use of traditional elements without appropriation or infringement.
A mode is a specific combination of notes (“tonal material”) and certain melodic “behaviours”, including different combinations of the tonal centre of gravity (i.e., a preference for the low, medium or high register), the overall melodic pathway (i.e., the way the melody move through the registers, where it lingers and the way it comes to a conclusion), modulations (i.e., tonal variations), and intonation and typical phrasing and embellishment. Modal music builds on melody and phrasing and, unlike most Western music, doesn’t use harmony. While there is extensive literature on the subject, the best way to understand modal music is to approach it through the repertoire. Let the music speak for itself – it will tell you all you need to know!


Biografias
O projecto Mashrabiya nasceu em Creta, no verão de 2018, do encontro entre Meira Segal e Tristan Driessens, dois jovens compositores apaixonados pela música otomana, centro-asiática e indiana. Inspirada na sua formação musical comum, a sua música reflecte uma abordagem livre e moderna relacionada com uma profunda compreensão das raízes da música modal oriental. Ao longo do seu primeiro ano de existência, Mashrabiya, no formato de dueto, deu concertos na Letónia, Portugal, Suíça, Turquia, Bélgica, Marrocos e Espanha, uma digressão em que o grupo contou ocasionalmente com percussionistas convidados, como Bijan Chemiraani, Baltazar Molina e Yoni Ben-Dor. Mashrabiya rapidamente se tornou um trio com a integração oficial da multi-instrumentalista catalã Miriam Encinas Laffitte, que veio completar a amplitude instrumental do grupo com os sons de tambores de armação iranianos (bendir e daf) e a dilruba indiana. Em conjunto, os membros escrevem e arranjam um programa de composições originais que sintetizam as antigas tradições modais do Oriente num idioma surpreendentemente novo.
Meira Segal nasceu em Israel, em 1986. A sua paixão pela música teve início na infância, quando começou a tocar flauta de bisel. Aos 18 anos, descobriu o ney, ou flauta de cana, durante uma das suas viagens pelo deserto de Sinai. Ao longo dos anos especializou-se no ney turco e árabe, adicionando ainda ao seu repertório o kaval búlgaro, o kawla egípcio, e a gaita-de-foles. Meira Segal colaborou com alguns dos maiores expoentes da música moderna do Médio Oriente, como Ross Daly, Zohar Fresco e Efren Lopez. Nos últimos anos, dividiu o palco com Arijit Singh, um famoso cantor indiano de Bollywood, e apresentou-se em toda a Europa, EUA, Canadá, Índia, África do Sul e Médio Oriente, tocando em inúmeros festivais e salas de concertos.
Nascido no seio de uma família nómada, Tristan Driessens (1982) descobriu o alaúde oriental de braço curto (oud) ao ouvir música sefardita e andaluza em Espanha. Mais tarde, estudou musicologia em Bruxelas e mudou-se para Istambul, onde se especializou em música otomana turca com Necati Çelik. Inspirado na ampla gama de possibilidades que o oud oferece, Tristan Driessens viajou por toda a Europa com diferentes ensembles. Trabalha regularmente com músicos como Tcha Limberger, Kudsi Erguner, Mohamed Briouel, Arianna Savall e Derya Türkan. É o fundador e director artístico do Lâmekân Ensemble (2011), que se tem revelado uma lufada de ar fresco para a música do Império Otomano. Entre 2016 e 2020, dirigiu a globalmente reconhecida Muziekpublique, uma organização dedicada à world music, com sede em Bruxelas.

Biographys
Mashrabiya is a project founded in Crete in the summer of 2018 from the encounter of Meira Segal and Tristan Driessens, two young composers with a passion for Ottoman, Central-Asian, and Indian music. Inspired by their common musical backgrounds, their music reflects a free and modern approach related to a deep understanding of the roots of Eastern modal music. Throughout their first year of existence, Mashrabiya as a duet gave concerts in Latvia, Portugal, Switzerland, Turkey, Belgium, Morocco, and Spain, a tour during which they occasionally invited guest percussionists, including Bijan Chemirani, Baltazar Molina, and Yoni Ben-Dor. Mashrabiya was soon to become a trio when officially joined by Catalan multi-instrumentalist Miriam Encinas Laffitte, who completed the group’s instrumental range with the sounds of Iranian frame drums (bendir and daf) and the Indian dilruba. Together they write and arrange a programme of original compositions that synthesise the ancient modal traditions of the East into a surprisingly new idiom.
Meira Segal was born in Israel in 1986. Her passion for music started in her early childhood when she started playing recorder. At the age of 18, she discovered the reed flute or ney during one of her travels to the Sinai desert. Over the years she specialised both in Turkish and Arabic ney, going on to add the Bulgarian kaval, the Egyptian kawla, and the bagpipes to her repertoire. Meira Segal has collaborated with some of the foremost exponents of modern Middle Eastern music, including Ross Daly, Zohar Fresco, and Efren Lopez. In recent years she has toured with the famous Indian Bollywood singer Arijit Singh, and has performed around Europe, the U.S.A, Canada, India, South Africa, and the Middle East, playing in numerous festivals and venues.
Born into a nomadic family, Tristan Driessens (1982) discovered the Oriental short neck lute (oud) when listening to Sephardic and Andalusian music in Spain. He later studied musicology in Brussels and moved to Istanbul, where he specialised in Turkish Ottoman music under Necati Çelik. Inspired by the wide range of possibilities that the oud offers, Tristan Driessens travelled throughout Europe with different ensembles. He regularly works with musicians such as Tcha Limberger, Kudsi Erguner, Mohamed Briouel, Arianna Savall, and Derya Türkan. He is the founder and artistic director of the Lâmekân Ensemble, which has been a breath of fresh air for the music of the Ottoman Empire since 2011. From 2016 to 2020, he directed the widely celebrated Brussels-based world music organisation Muziekpublique.


Imprensa
“O músico belga Tristan Driessens encontrou a sua inspiração e a sua vocação a leste do Bósforo, tornando-se um dos poucos mestres ocidentais do oud e da música clássica otomana.”
HÜRRIYET DAILY NEWS, TR (AFP)
“Música íntima e virtuosista na qual cada instrumentista assume, à vez, a liderança.”
DEN APPEL, BE (Marc Vandemoortele)
“Um verdadeiro prazer de ouvir e, ao mesmo tempo, uma nova e calorosa ode a esta extraordinária música oriental. Para ouvintes mais aventureiros.”
WRITTEN IN MUSIC (BE)

Press
“Belgian musician Tristan Driessens found his inspiration and his calling east of the Bosphorus, becoming one of the West’s few masters of the oud and of Ottoman classical music.”
HÜRRIYET DAILY NEWS, TR (AFP)
“Intimate and virtuosic music in which each instrumentalist takes the lead in turn.”
DEN APPEL, BE (Marc Vandemoortele).
“A true pleasure to listen to and at the same time a fresh, heart-warming ode to this extraordinary Oriental music. For more adventurous listeners.”
WRITTEN IN MUSIC (BE)

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Later Event: November 24
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