PROGRAMA CONCERTO CONCERT PROGRAMME


 
Vento

Vento. As cantigas medievais de Martim Codax (s. XIII) e a Missa de Pentecostes de João Madureira (n. 1971)
Wind. Medieval songs by Martim Codax (13th century) and the Pentecost Mass by João Madureira (b. 1971)

 
 

MANUEL PEDRO FERREIRA — MUSICOLOGIST

Review, Jornal Público***** (5/5)

“What do medieval cantigas d’amigo and a Pentecost Mass have in common? Apparently nothing. This was not, however, the vision of Sete Lágrimas when [they made a dialogue] between João Madureira’s score for Pentecost Sunday (2010) [written for Sete Lágrimas, commissioned by Arte das Musas] and Martin Codax’s Cantigas d’Amigo (13th century). The substantial reason [for this convergence] would be the affinity between João Madureira’s musical approach and certain tendencies attested in medieval composition. The circumstantial reason for the re-interpretation of Martin Codax’s songs has to do [with the] rhythmic neutralization of the Spirit carried out by João Madureira, a more carnal Spirit, more liable to be rhythmed: that of profane Love. (…) The result is pure beauty, made of knowledge and simplicity. (…) The novelty of the approach consisted, on the one hand, in the contemporaneity of the instruments or their uses (…) and on the other, in the transposition to the vocal sphere of the heterophonic, imitative and improvisational processes that early music groups normally restrict to the instrumental accompaniment. (…) The surprising freshness of the result conquered the public.”

MANUEL PEDRO FERREIRA — MUSICÓLOGO

Crítica, Jornal Público***** (5/5)

“O que têm de comum as cantigas d’amigo medievais e uma Missa de Pentecostes? Aparentemente, nada. Essa não foi, porém, a visão de Sete Lágrimas quando [fez dialogar] a partitura de João Madureira para o Domingo de Pentecostes (2010) e as Cantigas d’Amigo de Martin Codax (século XIII). A razão substancial [para esta convergência] seria a afinidade entre a abordagem musical de João Madureira e certas tendências atestadas na composição medieval. Já a razão circunstancial para a re-interpretação das cantigas de Martin Codax tem a ver [com a] neutralização rítmica do Espírito efectuada por João Madureira, um Espírito mais carnal, mais passível de ser ritmado: o do Amor profano. (…) O resultado é pura beleza, feita de saber e simplicidade. (…) A novidade da abordagem consistiu, por um lado, na contemporaneidade do instrumentário ou dos seus usos (…) e por outro, na transposição para a esfera vocal dos processos heterofónicos, imitativos e improvisatórios que os grupos de música antiga normalmente restringem ao acompanhamento instrumental. (…) A surpreendente frescura do resultado conquistou o público.”


JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA

The images on Pentecost

The most frequent image used to describe the manifestation of the Spirit in the texts of the New Testament is affusion. It is interesting to list some of the phrases that describe the action in such a plastic fashion: "the Spirit is sent" (John 14,26; 15,26), "the Spirit is poured out" (Acts 2,17; 18.33), "the Holy Spirit comes on all" (Acts 10,44; 11,15), "one is filled with the Holy Spirit " (Luke 1,15.41.67; Acts 2,4; 4,8.31; 9,17; 13,9). This is a strong imagery, one which recalls the interiorization of a presence in the guise of fusion dynamics. The form of that singularity is somehow overcome, and a coincidence is generated between believer and believed.
Yet another image springs from a passage in John: “The wind blows wherever it pleases. You hear its sound, but you cannot tell where it comes from or where it is going. So it is with everyone born of the Spirit” (John 3:8). Unlike the fusion experience, so impressive in the image of affusion, we are now as if impelled by the unpredictability of the Spirit into an experience of differentiation. The Spirit is here, but it is always beyond. It does not settle. It does not pour out. It is not something to be possessed. If we receive it, it is only that the searching and the wondering can proceed. The experience of differentiation is an initiation into freedom, which God does not trample upon but feeds. The Spirit is discreet, for it does not stand over the drama of our permanent invention; nor does it suspend the wondering, the dilemma and the encounters of our conscience, but rather dialogues with them, incessantly illuminating and amplifying them.
These two images are clearly carved into the creation of João Madureira for Pentecost Sunday. Hence the strongly combination of intimacy and exteriority, of consonance and diversity, of plenitude and desire the musical text exhales.

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA

Sobre as imagens do Pentecostes

A imagem mais frequente nos textos do Novo Testamento, para descrever a manifestação do Espírito, é a efusão. É interessante enumerar alguns dos sintagmas verbais que descrevem plasticamente essa acção: “o Espírito é enviado” (Jo 14,26; 15,26), “o Espírito derrama-se” (Act 2,17.18.33), “o Espírito Santo cai sobre” (Act 10,44; 11,15), “fica-se cheio do Espírito Santo” (Lc 1,15.41.67; Act 2,4; 4,8.31; 9,17; 13,9). É uma imagética forte que apela à interiorização de uma presença, à maneira de um dinamismo fusional. Os contornos da singularidade são como que ultrapassados, instaurando-se uma coincidência entre o sujeito que crê e aquilo que o sujeito crê.
Mas há uma outra imagem, que irrompe numa passagem do Evangelho de São João: «O espírito sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai» (Jo 3,8). Contrariamente à experiência fusional, tão impressiva na imagem da efusão, somos agora como que impelidos, pelo imprevisível que caracteriza o Espírito, a uma experiência de diferenciação. O Espírito está aqui, e ali, mas está sempre além. Ele não se instala. Não se derrama. Não é uma posse. Se o recebemos, é ainda para que a indagação e a busca continuem. A experiência de diferenciação é uma iniciação à liberdade, que Deus não atropela, mas potencia. O Espírito é discreto, pois não se sobrepõe à dramática da nossa invenção permanente, nem suspende a indagação, os dilemas e os encontros da nossa consciência, mas dialoga com eles, iluminando-os e ampliando-os incessantemente.
Na criação de João Madureira para o Domingo de Pentecostes, estas duas imagens são claramente trabalhadas. Daí a combinação intensíssima de intimidade e exterioridade, de consonância e diversificação, de plenitude e de desejo que o texto musical exala.


JOÃO MADUREIRA — COMPOSER

The mass on Pentecost Sunday

To revisit the religious musical heritage, and to confront it with other cultural and experiential places... At that linguistically festive moment, the mass on Pentecost Sunday, many and different types of music come together: the Gregorian tradition of the mass ordinary is gathered in a vaster space where testimonies of different writers embrace. These testimonies come from different men, from different times to visit this time of ours in a renovated encounter with the wonder of Sete Lágrimas.
I dedicate to José Tolentino de Mendonça and his amazing intrepidity.

JOÃO MADUREIRA — COMPOSITOR

Sobre a missa de Pentecostes

Revisitar o património musical religioso, confrontando-o com outros lugares culturais e vivenciais... Nesse momento de festa da linguagem que é a missa de Pentecostes, convivem, várias e plurais, músicas diversas: integra-se a tradição gregoriana do ordinário da missa num espaço mais vasto, em que testemunhos de diferentes escritores se abraçam. Testemunhos de vários homens e épocas, visitando este tempo que é o nosso, num novo encontro com os maravilhosos Sete Lágrimas.
Dedico este meu trabalho a José Tolentino de Mendonça e ao seu enorme desassombro. 


ALBERTO VAZ DA SILVA

The writing of Pentecost

It is all in the "Acts of the Apostles", which one must read over and over again, and which I hope I can relive someday. "You have made known to me the paths of life; you will fill me with joy in your presence", King David confides. Thy Kingdom come. Thy Time come.
In the beginning there were images, gestures, language, voices, and sounds. Mary Magdalene, the other Mary, John and Peter arrive at the sepulcher at the break of day. The shroud is folded apart, the drapery lies on the ground. Bright Angels console, the gardener says Mary. In Athens at the Areopagus the potent voice of Paul (the beautiful Caravaggios of Sta. Maria del Popolo and of the Odescalchi collection still exude the truth of the moment of his conversion) invokes not the unknown God but the One who gives unto all "life, spirit and every thing", so that man living in darkness searches for the divinity in whom "we live and move and have our being". Stephen, dead by stoning, transforms into an Angel in the light of his pearled heart.
Only then was the written word destined to saturate the universe with prodigious statements. Therefore it does not suppress images nor gestures, nor the sounds which live on and weigh so much; therefore it is not converted into an abstract symbol but rather spread through sacred action, unconscious geometries between God and Men.
This is the writing of reciprocal desire, Jesus present and absent so that the transformation succeeds and the humankind comes out of it structured, firm, revived, free. It is like a ray gathering the course of millennia and transforming them into a unique moment before the new path – that, which changes the frontier of earthly living into the iridescent beauty of the Cosmos.

ALBERTO VAZ DA SILVA

A Escrita do Pentecostes

Tudo está nos “Actos dos Apóstolos” que é preciso rever incessantemente e espero reviver um dia. “Fizeste-me conhecer os caminhos da vida / encher- me-ás de alegria na tua presença”, confia-nos o rei David. Venha a nós o Vosso Reino. Venha a nós o Vosso Tempo.
No princípio eram as imagens, os gestos, a linguagem, as vozes e os sons. Maria Madalena, a outra Maria, João e Pedro chegam ao sepulcro ao branquear da aurora. O sudário está dobrado aparte, os panejamentos jazem pelo chão. Os Anjos refulgentes consolam, o jardineiro diz Maria. No areópago de Atenas a voz potente de Paulo (os belos Caravaggio de Sta. Maria del Popolo e da colecção Odescalchi ressumam ainda a verdade do momento da sua conversão) invoca não o deus desconhecido mas O que a todos dá “a vida, o sopro e todas as coisas”, para que o homem nas trevas procure a divindade “que lhe dá a vida, o movimento e o ser”. Estêvão lapidado transforma-se num Anjo à luz da pérola no seu coração.
Só depois foi a palavra escrita destinada a saturar o universo de afirmações portentosas. Por isso não suprime as imagens, nem os gestos, nem os sons que se mantêm vivos e pesam tanto, não se converte em símbolo abstracto, difunde-se em acção sagrada, geometrias inconscientes entre Deus e os homens.
É a escrita do desejo recíproco, Jesus presente e ausente para que a metamorfose se dê e a humanidade saia estruturada, confiante, revivescida, libertada. É como um raio que reúne o percurso dos milénios e os transforma num momento único antes do novo caminho. O que convola a fronteira da vida terrena na beleza irradiante do Cosmos.


CRISTIANA VASCONCELOS RODRIGUES

On the texts sung

The idea of a community spreading around one sole Spirit, of absolute understanding, transversal to all the wonderful diversity of the world, echoed in the mass celebrated in the chapel of Rato in Lisbon, on May 23rd, 2010, which congregated different poetic voices in the singing.

The five poetic texts congregated in this mass get denser meaning and greater prayer vocation when sung together with the Kyrie, the Gloria, the Alleluia, the Sanctus and the Agnus Dei. Still they do not lose the diversity of the world they carry within, for the landscapes they describe, the feelings they express, the infinity they project, but most of all for the measure of human they experiment with, while reciprocally they grant the festivity of Pentecost a plus of richness hiding in that dearest of human gifts, speech.

Landscape and its places come first: the sky the sea, the night, light, and dawn, the garden, the wind, the road; the visible face of the world. Afterwards comes the measure of infinity made of the "deep cosmic whirlpool" (Pascoaes), of the "grey light rimming the sea" (Mourão), of the "scintillation" (Llansol), of the "clear splendor" (Sophia), of the "beginning" (adapted from Cesariny) – an infinity made of that immanence crossing all these texts. Finally, in the diversity of their themes and gestures, these five texts bring along the voice they are, as the voice they search for,the voice tirelessly walking, in its predisposition for encounter and communion.

CRISTIANA VASCONCELOS RODRIGUES

Sobre os textos cantados

A ideia de uma comunidade que se alarga infinitamente em volta de um só Espírito, do entendimento absoluto e transversal a toda a maravilhosa diversidade do mundo, teve eco na missa celebrada na Capela do Rato em 23 de Maio de 2010, que congregou várias vozes poéticas na música cantada.
Os cinco textos poéticos congregados nesta missa, que ganham em sentido e em gesto de oração quando cantados a par do Kyrie, do Gloria, do Alleluia, do Sanctus e do Agnus Dei, não perdem por isso a diversidade do mundo que trazem consigo, pelas paisagens que descrevem, pelos afectos que exprimem, pelo infinito que projectam, e sobretudo pela medida do humano que experimentam, conferindo, reciprocamente, à festa do Pentecostes uma riqueza acrescida, sediada no mais caro dom humano que é a fala.
Antes de mais, a paisagem e os seus lugares: o céu, o mar, a noite, a luz e o amanhecer, o jardim, o vento, a estrada; a face visível do mundo. Depois, a medida do infinito, feito de "torvelinho cósmico e profundo" (Pascoaes), de "luz cinzenta que borda o mar" (Mourão), de "fulgor" (Llansol), de "límpido esplendor" (Sophia), de "começo" (Cesariny, cit. adaptada). Um infinito feito da imanência que atravessa todos estes textos. Finalmente, na sua diversidade temática e gestual, estes cinco textos trazem consigo a voz que tanto são quanto buscam, a voz que caminha, incansável, na sua vocação de encontro e comunhão.


JOANA CARNEIRO

No more than hands

Some of the most beautiful pieces of our history of sacred music were born out of parish and court commends to signal and commemorate specific dates and festivities.
On May 2010 history repeated, through the hands and the soul of Father Tolentino in the Chapel of Rato, in Lisbon; then, through the hands and the soul of João Madureira, a composer I knew from other occasions; hands and souls of the brilliant musicians who animated his music; no more than hands – as Alice Vieira reminds us – that show us the love of Men.

So much could be said on the profound musical dimension and on the brilliant and inspired manner used by João Madureira to draw and give meaning to each word... the mass he wrote is simply sublime and touching; a true prayer that brought joy and startled our spirit. Luckily for us it is now perpetuated and revisited in this recording.

I am lucky to say that my spiritual life has been a succession of special and unforgettable moments. This year the feast on Pentecost Sunday was undoubtedly one of those moments.
Thank you so much, dear João; thank you so much, dear Father Tolentino.

JOANA CARNEIRO

Nada mais que as mãos

Algumas das mais belas peças da nossa história da música sacra nasceram de encomendas de capelas, de principados, para marcar dias e festejos específicos.
Em Maio deste ano, a história repetiu-se pela mão e alma do Padre Tolentino, na capela do Rato; subsequentemente pela mão e alma de João Madureira, compositor que conhecia de outros contextos; mão e alma dos brilhantes músicos que animaram a sua música; nada mais que as mãos – como Alice Vieira nos lembra – que nos dão a conhecer o amor dos homens.

Tanto poderia dizer sobre a profunda dimensão musical e a forma brilhante e inspirada como João Madureira pintou e significou cada palavra... a missa que João escreveu é simplesmente sublime, comovedora, uma verdadeira oração que alegrou e sobressaltou o nosso espírito, que para sorte nossa, é agora perpetuada e revisitada neste disco.

Tenho a sorte de poder dizer que a minha vida espiritual tem sido uma sucessão de momentos especiais e inesquecíveis. A festa de Pentecostes este ano foi certamente um destes momentos.
Muito obrigada querido João, muito obrigada querido Padre Tolentino.


CANTIGA

Songs by Martim Codax and Filipe Faria/Sérgio Peixoto

Dedicated to the complete collection of medieval Cantigas d’Amigo by Martim Codax (13th century). Cantiga is a musical work unfolded in words (verses) and sound (music). The subject of your lyrics can be profane or religious. In the latter case are the Cantigas de Santa Maria compiled at the court of Alfonso X, king of León and Castile (1252-84); in the first, there are about 1680 texts, composed between the end of the 12th century and the middle of the 14th century, known through the Cancioneiro da Ajuda, the Cancioneiro da Biblioteca Nacional or Colocci-Brancuti, and the Cancioneiro da Vaticana. In these songbooks, more than five hundred cantigas d’amigo are represented.

CANTIGA

Cantigas de Martim Codax e Filipe Faria/Sérgio Peixoto

Dedicado à colecção integral das Cantigas d’Amigo medievais de Martim Codax (s. XIII). Cantiga é uma obra musical desdobrada em palavras (versos) e som (música). O assunto da sua letra pode ser profano ou religioso. Neste último caso estão as Cantigas de Santa Maria compiladas na corte de Afonso X, rei de Leão e Castela (1252-84); no primeiro, estão cerca de 1680 textos, compostos entre nais do século XII e meados do século XIV, conhecidos através do Cancioneiro da Ajuda, do Cancioneiro da Biblioteca Nacional ou Colocci-Brancuti, e do Cancioneiro da Vaticana. Nestes cancioneiros, estão representadas mais de quinhentas cantigas d’amigo. 


Vento

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THE ALBUM

SETE LÁGRIMAS
FILIPE FARIA & SÉRGIO PEIXOTO Direcção Artística Artistic Direction

FILIPE FARIA Tenor
SÉRGIO PEIXOTO Tenor
SOFIA DINIZ Viola da Gamba Bass Viol *
HUGO SANCHES Tiorba Theorbo **

* Viola da Gamba por Henner Harders, 2001, segundo Michel Colichon, Paris 1683 (cópia de um instrumento do Museu Cité da La Musique em Paris). Bass viol by Henner Harders, 2001, after Michel Colichon, Paris 1683 (copy of an instrument to be found in the Cité de La Musique Museum in Paris)

** Tiorba segundo Pietro Raillich construida por Hendrik Hasenfuss em Eitorf, Alemanha em 2009. Theorbo after Pietro Raillich by Hendrik Hasenfuss, Eitorf, Germany, 2009

MU0108 VENTO 2010

Produção Geral General Production Arte das Musas
Captação e Edição Musical Recording and Production Filipe Faria
Pós-Produção Post Production Filipe Faria, Sérgio Peixoto
Gravado em Recorded in Portugal, Lisboa, Igreja da Penha Longa, Jun. 2010 Design Filipe Faria/Arte das Musas
Fotografia Photography Filipe Faria
Tradução Translation Ana Soares

CD/EP MIN.TOT. 26’12
PORTUGUÊS ENGLISH
Made in Austria by SONY DADC

MISSA DE PENTECOSTES Pentecost Mass
João Madureira (n. 1971)

01  ANTIPHONA AD INTROITUM
O vento do espírito TEIXEIRA DE PASCOAES (1877-1952) 2'28
02  ACTUS PAENITENTIALIS 2'50
03  GLORIA 3'05
04  SEQUENTIA
veni Sancte Spiritus JOSÉ AUGUSTO MOURÃO (n. 1947) 2'25
05  ALLELUIA 2'13
06  ANTIPHONA AD OFFERTORIUM
pega nos fios... MARIA GABRIELA LLANSOL (1931-2008) 2'04
07  SANCTUS 0'52
08  AGNUS DEI 2'35
09  POSTCOMMUNIO
As fontes SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN (1919-2004) 4'00
10  DIMISSIO
Ama como a estrada começa MÁRIO CESARINY (1923-2006) 3'33

A obra Missa de Pentecostes, apresentada em estreia mundial no dia 23 de Maio de 2010, é uma encomenda da comunidade da Capela do Rato (Lisboa). The Pentecost Mass, world premiered on May 23rd, 2010, was commissioned by the community of the chapel of Rato (Lisbon).