Catálogo
Catalogue
Casa Comum Ep.1
2023
MU0129
DIGITAL ALBUM
Casa Comum \Convida
Baltazar Molina (n. 1979), percussão
Tomás Longo (n. 2001), vibrafone jazz
Guilherme Fortunato (n. 2000), guitarra eléctrica
A memória, como jogo de contemplação, desponta uma viagem aos primeiros lugares de tranquilidade, onde contactamos com os mais antigos objetos de fascínio que conseguimos recordar; lugares estes que nos vem de não ser já mais preciso adiar os nossos sonhos para um futuro improvável. Um fio comum que parece atar todos os maneios do tempo que percorremos, sozinhos ou acompanhados. É um ponto de partida que ultrapassa e deixa ser ultrapassado; semelhante à beleza do mito que, respeitando uma espécie de princípio de conservação, faz surgir dentro de si mesmo outras narrativas, com fórmulas que se adaptam a nós - ouvintes e contadores. Propomo-nos desbravar tais caminhos através dessa contemplação coletiva, tentando, quem sabe através do processo de procura, alcançar esse lugar de final tranquilidade. Baltazar Molina, Guilherme Fortunato, Tomás Longo (Idanha-a-Nova, 12 Março 2023)
Baltazar Molina nasce em Lisboa, em 1979. Músico, explorador sonoro, compositor e facilitador, inicia em 1994 os estudos musicais em guitarra clássica, na Sociedade Filarmónica Comércio e Indústria da Amadora. Em 1998 inicia o estudo de percussões do médio-oriente com Shokry Mohamed e em 1999 com Atef Mitkal Kenawy. Em 2002 inicia o Curso de Iniciação ao Piano e Coro, na escola Jeunesses Musicales de Lisboa. Entre 2007 e 2011 frequenta formações distintas com Zohar Fresco, Pedram Khavarzamini e Ross Daly, na Musical Workshop Labyrinth, na Grécia. Como compositor, músico e performer, desde 2002 que colabora regularmente em produções de dança, teatro e novo circo. […] [+ INFO para a biografia completa]
Tomás Longo nasceu em Coimbra a 6 de julho de 2001. Estudou Percussão no Conservatório Regional de Castelo Branco e integrou as bandas filarmónicas de Idanha-a-Nova e do Retaxo durante o mesmo período. Em 2018 edita o projeto A Pound for Ezra e, no ano seguinte, o duo The Man who stole The Riot Frame com o pianista Filipe Raposo. Neste mesmo ano assume o estatuto de Artist-in-Residence em Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Música pela UNESCO. Em 2020 editou Silica – um disco em formato de ensaio aberto – e estreou, ao abrigo do Festival DME, o projeto multidisciplinar Carmel by the Sea, com o contrabaixista João Hasselberg e a cineasta Marianne Harlé. […]
[+ INFO para a biografia completa]
Guilherme Fortunato nasceu em Coimbra a 31 de agosto de 2000. O primeiro contacto com a guitarra foi aos 8 anos de idade através do seu pai. Estudou na classe de guitarra clássica no Conservatório Regional de Castelo Branco de 2010 a 2015, completando assim o 5º grau no instrumento. No mesmo ano começou a estudar no Liceu Nuno Álvares em Castelo Branco, onde completou o seu 12º ano no curso profissional Técnico Auxiliar de Saúde. Em 2018, foi convidado por Tomás Longo a participar no seu disco de estreia “Pound for Ezra”, onde teve a oportunidade de trabalhar com o conceituado pianista Filipe Raposo. […] [+ INFO para a biografia completa]
A memória colectiva é um factor essencial no processo de identificação de um indivíduo com a comunidade à qual está física ou emocionalmente ligado e com a qual partilha uma história comum, construída através de narrativas pessoais, vividas e não vividas, onde passado, presente e futuro se confundem. Esta tem o potencial de promover o vínculo e a identidade. A memória – pessoal e colectiva – tendencialmente abstracta, construída e reconstruída pelo tempo – é também resultado da contaminação e partilha de histórias não vividas e da valorização de uma narrativa de passado ideal. A construção e reconstrução das memórias colectivas – e a sua adaptação aos interesses, colectivos, dos tempos presentes – têm o poder de apagar e desvalorizar as histórias pessoais e as narrativas vividas.
Temos, tantas vezes, dificuldade em promover uma ligação do tempo presente com o passado mais próximo, pessoal e comunitário. Mais facilmente procuramos ligações com passados longínquos, idealizados, do que com narrativas familiares. Essas são as que nos interessam.
A Casa Comum nasce daqui, da relação que estas histórias têm com o próprio território onde nasceram, com a criação de memórias que permanecem, que são alteradas pelo tempo e que, por isso, têm um potencial criativo imenso, no qual nos podemos, todos, identificar.
É uma proposta de desafios, encomenda da Arte das Musas a músicos de diferentes universos para uma nova criação a partir de um programa de Residências Artísticas a partir do território de Idanha-a-Nova – UNESCO Creative City of Music –, de cruzamento e contacto com lugares e pessoas, como combustível para a criação. No projecto final está o território e a soma destes diálogos, memórias, contactos e cruzamentos.
A partir destes contactos, destas experiências, cheiros, sons e sabores, desafiamos músicos para se deixarem ocupar pelo território. Deste encontro, nasce um novo objecto artístico a partir da soma dos lugares e das histórias pequenas, familiares – daquelas que muitas vezes passam por nós sem parar –, ou das grandes – das que definem memórias colectivas e identidades.
A Arte das Musas
apresenta
Casa Comum
Projecto de
Residência
Criação
Circulação
Rede UCCN
UNESCO Creative
Cities Network
Um projecto original de
Filipe Faria
\Arte das Musas
Com o apoio
República Portuguesa - Cultura
Direcção-Geral das Artes
Parceria
Município de Idanha-a-Nova
UNESCO Creative City of Music
Acolhimentos
Município de Idanha-a-Nova
\UNESCO City of Music
Município de Amarante
\UNESCO City of Music
Município da Covilhã
UNESCO City of Design
Apoios Locais
Biblioteca Municipal (Covilhã)
Centro Cultural Raiano (Idanha-a-Nova)
Convento São Gonçalo (Amarante)
Diafragma - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais (Covilhã)
Filarmónica Idanhense (Idanha-a-Nova)
Galeria António Lopes (Covilhã)
Junta de Freguesia de Proença-a-Velha (Idanha-a-Nova)
Termas de Monfortinho (Idanha-a-Nova)
Universidade Sénior de Idanha-a-Nova
Agradecimentos
Idalina Gameiro