Concerto
Concert
2.12.2022
21h30
La Guirlande Espanha Spain
PENHA GARCIA
IGREJA MATRIZ
Luis Martínez flauta | flute
Sergio Suarez violino | violin
Ester Domingo violoncelo | cello
Joseph Haydn (1732-1809)
I
1. Divertimento N.2 em Sol Maior, Hob. IV:7 (Londres, 1794)
I. Allegro
II. Adagio III
III. Finale: Allegro
2. Trio para baryton, viola e violoncelo em Dó Maior, Hob. XI:109 (arr. para flauta, violino e violoncelo em Ré Maior. Bonn, 1803-4)
I. Adagio
II. Allegro
III. Menuetto
3. Divertimento N.5 em Lá Maiorr, Hob. IV:10
I. Andante con espressione
II. Adagio
III. Tempo di Menuetto II
II
4. Trio para baryton, viola e violoncelo em Dó Maior, Hob. XI:110 (arr. para flauta, violino e violoncelo em Ré Maior)
I. Moderato
II. Menuetto III
III. Finale: Presto
5. Trio para baryton, viola e violoncelo em Lá Maior, Hob. XI:103 (arr. para flauta, violino e violoncelo em Dó Maior)
I. Moderato
II. Menuetto
III. Scherzando: Presto
6. Divertimento N.4 em Sol Maior, Hob. IV:9
I. Adagio
II. Scherzo: Allegro
III. Finale: Presto
Esterháza: Trios para flauta, violino e violoncelo de J. Haydn na corte de Nikolaus Esterházy
Em 1761, o compositor vienense Joseph Haydn entrou ao serviço da corte da família Esterházy, uma das mais ricas e influentes famílias do império austro-húngaro. Haydn passou a maior parte da sua carreira profissional, quase 30 anos, a trabalhar para aquele que se tornaria no seu principal patrono, o príncipe Nikolaus I Esterházy, apelidado de «O Magnífico» devido à enorme soma de dinheiro e recursos que reservou para a organização de diferentes tipos de espetáculos e entretenimentos. O facto de Haydn receber o terceiro salário mais alto da corte — apenas atrás do administrador do património da família e do médico pessoal de Nikolaus – diz muito da importância que o príncipe atribuía a este tipo de eventos.
Durante este período, Haydn foi responsável pela composição da música de cada uma das celebrações que decorriam no palácio, bem como pela direção da orquestra da corte e pela interpretação em concertos de música de câmara, tanto juntamente com outros membros da orquestra como com membros da família. O próprio príncipe Nikolaus participou nestes concertos de câmara diários, nos quais tocava um instrumento de cordas friccionadas conhecido como baryton, um instrumento da família da viola da gamba que havia obtido uma certa popularidade na segunda metade do século XVIII. Haydn escreveu 175 peças para este instrumento, 126 das quais são trios para baryton, viola e violoncelo.
Devido à gradual queda em desuso do baryton e, provavelmente, a um interesse comercial, Haydn adaptou vários destes trios em peças para flauta, violino e violoncelo. O arranjo destas peças, tanto suas como de outros compositores, para diferentes formações era prática comum na época. Além disso, o facto de, durante o século XVIII, tanto a flauta como o violino serem instrumentos preferidos pelos músicos amadores reforça a ideia de que se procura obter lucro comercial através destes arranjos.
Três dos trios que apresentamos hoje – Hob. XI – pertencem a uma coleção publicada por N. Simrock em Bona, em 1803/04, consistindo inteiramente em arranjos de trios para baryton. No que diz respeito a Divertimenti Hob. IV, estas peças foram encomendadas pelo editor londrino William Foster, em 1794. A coleção, cuja fama por toda a Europa se reflete nas numerosas reedições impressas em diferentes cidades europeias, é composta por uma mistura de arranjos de árias, coros e balletti de diferentes óperas de Haydn, trios para baryton, e movimentos especialmente compostos para a ocasião. Neste concerto iremos escutar arranjos de números operáticos, como a ária Se la mia Stella de Il mondo della luna – 1º movimento do Divertimento em Sol maior, Hob. IV:7 –, o balletto que precede esta ária – 3º movimento do Divertimento em Lá maior, Hob. IV:10 – ou os arranjos de vários movimentos do trio 97 em Ré maior, Hob XI:97 para baryton, viola e violoncelo – Divertimento em Sol maior, Hob. IV:9. Luis Martínez
Fundado por Luis Martínez Pueyo, durante a sua temporada na Schola Cantorum Basiliensis, La Guirlande é um dos mais versáteis ensembles especializados na interpretação historicamente informada da música dos séculos XVIII e XIX.
Vencedores do Prémio GEMA 2018 para melhor jovem ensemble de música antiga em Espanha, do segundo lugar nos prémios CREAR 2021 e CREAR 2018 para jovens talentos de Aragão, além do primeiro prémio em competições como o XVIII Biagio-Marini Wettbewerb e o V Concurso Internacional de Música Antigua de Gijón, o repertório de La Guirlande foca-se em música dos séculos XVIII e XIX na qual a flauta desempenha um papel fundamental: da sonata para flauta – com cravo obbligato ou pianoforte, bem como baixo contínuo – ao concerto a solo, incluindo todo o tipo de combinações de música de câmara. Para além disso, a utilização de instrumentos de época originais, ou suas réplicas, e uma exaustiva investigação histórica sobre a prática interpretativa a partir de uma variedade de tratados e fontes são aspetos que remetem para o principal objetivo de La Guirlande: alcançar uma interpretação do repertório que seja a mais próxima possível da ideia original de cada compositor.
La Guirlande é formado por músicos de renome, tanto a nível nacional como internacional, no campo da interpretação historicamente informada. Todos estudaram em algumas das mais importantes escolas europeias de música antiga (Schola Cantorum Basiliensis, Conservatoire National Supérieur de Paris, Koninklijk Conservatorium den Haag) e integram ensembles e orquestras de renome, tanto nacional como internacionalmente. Desde a sua fundação, o ensemble La Guirlande participou em festivais como o Freunde Alter Musik Basel, o Festival Internacional de Santander, o Quincena Musical de San Sebastián, o Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza, o Festival de Música Antigua de Sevilla, o Festival Internacional de Arte Sacro de la Comunidad de Madrid, a Semana de Música Antigua de Álava, o Festival de Música Antigua de Peñíscola, o Festival de Música Antigua de Casalarreina, o Festival Barroko Aire de Ordizia, o Clásicos en Verano de la Comunidad de Madrid, o Ciclo de Concertos de Órgão de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso e o Festival Cinc Segles de Música a l’Eliana, entre outros. É, para além disso, responsável pela organização do Festival de Música Antigua de Épila.
O ensemble La Guirlande deve o seu nome a um dos símbolos mais importantes do deus Apolo, sinal de glória e reconhecimento nas artes, sabedoria e jogos.
Nascido em Saragoça, em 1988, Luis Martínez Pueyo obteve o grau de bacharelato em flauta pelo Conservatorio Superior de Música de Aragão, estudando posteriormente a flauta barroca na Escola Superior de Música de Catalunya (ESMUC) com o Marc Hantaï, que voltará a ser seu professor na Schola Cantorum Basiliensis. Ao mesmo tempo, frequentou aulas de flauta clássica e romântica em Paris, com a flautista Amélie Michel (CNSMD Lyon). Luis Martínez aprofundou os seus estudos (tanto de flauta barroca como de música de câmara) frequentando aulas lecionadas por figuras importantes no domínio da música antiga, tais como Barthold Kuijken, Wilbert Hazelzet, Kate Clark, Rachel Brown, Lisa Beznosiuk, Ashley Salomon, Valérie Balssa, Agostino Cirillo, Hopkinson Smith, Jesper Christensen, Olivier Baumont, Kristian Bezuidenhout, Manfredo Kraemer, François Fernandez, Amandine Beyer, Leila Schayegh ou Emmanuel Balssa, entre outras. Fundador e diretor artístico de La Guirlande – ensemble especializado na interpretação de música dos séculos XVIII e XIX em que a flauta ocupa um papel importante –, Luis Martínez venceu com este grupo diversas competições internacionais, como o XVIII Biagio-Marini Wettbewerb e o V Concurso Internacional de Música Antigua de Gijón. Em setembro de 2018, recebeu igualmente o segundo prémio no 3º Concurso Internacional Berlim Bach com o ensemble Cardinal Complex Quartet. Recebeu ainda o segundo lugar nos prémios CREAR 2018 e CREAR 2021 para jovens criadores, e em junho de 2019 venceu o Prémio GEMA para melhor grupo jovem de 2018. Luis Martínez tocou com diversas orquestras e ensembles, tais como: Orchestra of the Age of Enlightenment, The Bach Collektiv, Wunderkammer Berlin, Elbipolis Barockorchester Hamburg, Bach Akademie Luzern, Ensemble Cristofori, Capriccio Barockorchester Basel, Ensemble Ripieno, Svapinga Consort, Orchester Le Phénix, Orchestre Français des Jeunes, Jeune Orchestre de l’Abbaye, Schola Cantorum Basiliensis Orchestra, Memento Mori, Orquesta de Cadaqués e Orquesta de València, atuando em importantes salas de concertos em Espanha, França, Alemanha, Escócia, Áustria, Suíça e Países Baixos. Luis Martínez é, igualmente, professor de flauta barroca na ESMUC (Escola Superior de Música de Catalunya), bem como diretor artístico do Festival de Música Antigua de Épila (Espanha).
«Encontramos momentos de intensa emoção vocal conjugados com passagens instrumentais extremamente sofisticadas do México e da Espanha do século XVIII. Luis Martinez produz com o seu instrumento [...] uma sonoridade de excecional flexibilidade e calor, tornando-se no parceiro perfeito para a soprano Alicia Amo. […] Alicia Amo tem uma voz ideal para este tipo de repertório, o qual domina de forma virtuosa e com um embelezamento inteligente, alegre e sem esforço da substância melódica ornamental. O ensemble de seis instrumentistas, com ambos os solistas a liderar, é composto por dois violinos, violoncelo, alaúde, contrabaixo e cravo, produzindo um som homogéneo que dá sentido à proposta. Esta gravação é uma descoberta entusiasmante para todos os amantes da música barroca espanhola!». Wolfgang Reihing, na revista Toccata. Janeiro de 2022
«Escusado será dizer que tudo neste álbum merece uma menção especial. O repertório [...], em primeiro lugar. E os músicos também. A soprano [...] Alicia Amo, que interpreta esta música esquecida com emoção e dedicação; a cravista Joan Boronat, que desvenda uma bela sonata com um toque scarlattiano de José de Nebra; e Luis Martínez Pueyo, magnífico como flautista [...], extraindo do seu grupo, La Guirlande, um som redondo e consistente, e libertando com determinação e força uma música em que [...] ele acredita. Excelente álbum.» Mariano Acero Ruilópez, na revista Scherzo. Novembro de 2021
Esterháza: Trios for flute, violin e cello by J. Haydn in the court of Nikolaus Esterházy
In 1761, the Viennese composer Joseph Haydn comes into service at the court of the Esterházy family, one of the richest and most influential of the Austria-Hungarian empire. Haydn would spend most of his professional career working for almost 30 years for who would end up being his main patron, Prince Nikolaus I Esterházy, nicknamed “The Magnificent” due to the huge amount of money and resources he put aside for organising different kinds of spectacles and entertainments. The fact that Haydn was receiving the third highest salary at the court –only behind the property administrator of the family and Nikolaus’ personal physician- speaks volumes of just how important the Prince considered these types of events.
During this period, Haydn was in charge of composing music for each and every one of the celebrations taking place at the palace, as well as conducting the court orchestra and performing concerts of chamber music, either with members of the orchestra or with members of the family. Prince Nikolaus himself participated in these daily chamber concerts, in which he played a bowed stringed instrument known as the baryton, an instrument from the family of the viola da gamba which had gained a certain popularity in the second half of the 18th Century. Haydn wrote as many as 175 works for this instrument, 126 of which are trios for baryton, viola and violoncello.
Due to the gradual fall of use of the baryton and probably to a commercial interest, Haydn adapted several of the mentioned trios into works for flute, violin and violoncello. The arrangement of these works, both his own and by other composers, to different formations was a regular practice of the period. Furthermore, since both the flute and the violin were star instruments during the 18th Century amongst amateur musicians, this reinforces the idea of the search for a commercial revenue of these arrangements.
Three of the trios we present to you today - the Hob. XI - belong to a collection published in Bonn by N. Simrock in 1803/04, consisting entirely of arrangements of trios for baryton. Regarding the Divertimenti Hob. IV, these were commissioned by the London publisher William Foster in 1794. This collection, whose fame all around Europe is reflected in the numerous reeditions printed in different European cities, are made up of a mixture of arrangements of arias, choruses and balleti of different operas by Haydn, trios for baryton, and movements specially composed for the occasion. In this concert we will hear arrangements of operatic numbers such as the aria Se la mia Stella from Il mondo della luna -1st movement of the Divertimento in G major, HOB.IV:7 -, the balleto preceding that aria -3rd movement of Divertimento in A Major, Hob. IV:10 -, or the arrangements of various movements of the trio 97 in D Major, Hob XI:97 for baryton, viola and violoncello - Divertimento in G Major, Hob IV:9-. Luis Martínez
Founded by Luis Martínez Pueyo during his stay at the Schola Cantorum Basiliensis, La Guirlande is one of the most versatile ensembles specialising in historically informed performance of 18th and 19th century music.
Winners of the GEMA 2018 Prize for Best Early Music Young Ensemble in Spain, the second prize in the CREAR 2021 and CREAR 2018 awards for Young Talents from Aragón, as well as having won first prizes at competitions such as XVIII Biagio-Marini Wettbewerb and the V Concurso Internacional de Música Antigua de Gijón, La Guirlande‘s repertoire is centered in 18th and 19th century music in which the flute plays a fundamental role: from the flute sonata – with obbligato harpsichord or pianoforte, as well as basso continuo – to the solo concert, including all kinds of combinations of chamber music. Furthermore, the use of either original period instruments or their replicas, as well as a thorough historical research on performance practice from a variety of treatises and sources, mark La Guirlande’s main purpose: to achieve a performance of the repertoire as near to the original idea of each composer as possible.
La Guirlande is formed by renowned musicians, both nationally and internationally, in the field of historically informed performance. They have studied in some of the most important European schools for early music (Schola Cantorum Basiliensis, Conservatoire National Supérieur de Paris, Koninklijk Conservatorium den Haag), and all of them play in renowned ensembles and orchestras, both nationally and internationally. From its foundation, La Guirlande has taken part in festivals such as Freunde Alter Musik Basel, Festival Internacional de Santander, Quincena Musical de San Sebastián, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza, Festival de Música Antigua de Sevilla, Festival Internacional de Arte Sacro de la Comunidad de Madrid, Semana de Música Antigua de Álava, Festival de Música Antigua de Peñíscola, Festival de Música Antigua de Casalarreina, Festival Barroko Aire de Ordizia, Clásicos en Verano de la Comunidad de Madrid, Ciclo de Conciertos de Orgao Vila Nova de Famalicao e Santo Tirso, Festival 5 Segles de Música a l’Eliana, among others. In addition, La Guirlande organizes the Festival de Música Antigua de Épila.
The ensemble La Guirlande takes its name from one of the god Apollo’s most important symbols, sign of glory and recognition in arts, wisdom and the games."
Born in Zaragoza in 1988, Luis Martínez Pueyo completed his Bachelor of Music degree in flute at the Conservatorio Superior de Música de Aragón and then began his traverso studies at the Escola Superior de Música de Catalunya (ESMUC) with flautist Marc Hantaï, with whom he studies later at the Schola Cantorum Basiliensis. At the same time, he attended regular classical and romantic flute classes in Paris, with flautist Amélie Michel (CNSMD Lyon). Luis Martínez has broadened his studies (both in Traverso and Chamber Music) with classes from important figures in the Early Music sphere, such as Barthold Kuijken, Wilbert Hazelzet, Kate Clark, Rachel Brown, Lisa Beznosiuk, Ashley Salomon, Valérie Balssa, Agostino Cirillo, Hopkinson Smith, Jesper Christensen, Olivier Baumont, Kristian Bezuidenhout, Manfredo Kraemer, François Fernandez, Amandine Beyer, Leila Schayegh, or Emmanuel Balssa among otherts. Founding member and artistic director of La Guirlande - an ensemble which specialises in performance of 18th and 19th century music, with an important role of the flute -, Luis Martínez has won several international competitions with this group, such as the XVIII Biagio-Marini Wettbewerb and the V Concurso Internacional de Música Antigua de Gijón. In September 2018 he also won 2nd prize at the 3rd International Berlin Bach Competition with the ensemble Cardinal Complex Quartet. He has also received the 2nd prize in the CREAR 2018 and CREAR 2021 awards for Young Creators, and in June 2019 he won the GEMA Award for best young group of 2018. Luis Martínez has played in many orchestras and ensembles such as Orchestra of the Age o Enlightenment, The Bach Collektiv, Wunderkammer Berlin, Elbipolis Barockorchester Hamburg, Bach Akademie Luzern, Ensemble Cristofori, Capriccio Barockorchester Basel, Ensemble Ripieno, Svapinga Consort, Orchester Le Phénix, Orchestre Français des Jeunes, Jeune Orchestre de l’Abbaye, Schola Cantorum Basiliensis Orchestra, Memento Mori, Orquesta de Cadaqués and Orquesta de Valencia, playing in important concert halls in Spain, France, Germany, Scotland, Austria, Switzerland and Holland. In addition, Luis Martínez is traverso teacher at the ESMUC (Escola Superior de Música de Catalunya), as well as artistic director of the Festival de Música Antigua de Épila (Spain).
«We find moments of intense vocal emotion combined with greatly sophisticated instrumental passages of 18th Century Mexico and Spain. Luis Martinez used his instrument […] with an exceptionally flexible and warm playing, becoming the perfect partner for the soprano Alicia Amo. […] Alicia Amo has an ideal voice for this kind of repertoire, which she masters in a virtuosic manner and with an intelligent, effortless and lively embellishment of the ornamental melodic substance. The ensemble of six instrumentalists, with both soloists leading, is made up of two violins, cello, lute, double bass and harpsichord, sound in an homogenous way giving meaning to the proposal. This recording is an exciting discovery for all lovers of Spanish baroque music!» Wolfgang Reihing on Toccata. January 2022
«It hardly needs to be said that everything on this album deserves special mention. The repertoire […], first of all. And the musicians as well. The soprano […] Alicia Amo, who performs this forgotten music with emotion and dedication; the harpsichordist Joan Boronat, who unravels a beautiful sonata with a Scarlattian touch by José de Nebra; and Luis Martínez Pueyo, magnificent as a flautist […], extracting from his group, La Guirlande, a round and seamless sound, and unleashing with grit and force a music in which […] he believes. Great album.» Mariano Acero Ruilópez on Scherzo. November 2021